Coleção Pelemania da Arezzo, um dos assuntos mais comentados nos últimos dias.
Protestos iniciados no twitter foram ganhando volume e se
multiplicando em outras redes chegando até a imprensa, repercutindo de forma
negativa e levando a marca à retirar alguns de seus produtos do mercado.
Enquanto a maioria dos consumidores criticavam a postura da
Arezzo em desenvolver uma parte de sua nova coleção com peles naturais, houve
quem defendesse, afirmando tratar-se de um exagero vindo de ambientalistas militantes.
Embora muitos poucos consumidores, presenciando o processo de abatimento e
extração da pele de um animal, deixariam de usar, muitos outros ainda teriam
coragem de usar o produto confeccionado com o material obtido, afinal, todos
somos conscientes quanto a forma de obtenção das peles animais, assim como o
que fazemos com a sua carne. E mesmo assim...
Mesmo não tratando-se de animais (no caso raposas) selvagens,
como afirmou o presidente da marca, em entrevista à Folha de São Paulo, mas sim
de criadouros específicos para extração da pele, a polêmica continua.
Esse é um assunto complexo e demanda muita discussão e
argumentos, tantos pró como contra.
Entretanto, os Designers devem posicionar-se sabendo que
suas criações poderão estimular um processo de consumo e, consequentemente, de
discussões sobre os materiais empregados na confecção de seus produtos.
Portanto é necessário manter-se informado sobre as novidades
e tecnologias existentes na busca de uma melhor solução no processo produtivo.
Independentemente do posicionamento de cada um, seja
militante ambiental, vegan, vegetariano, ou simplesmente alheio à qualquer tipo
de corrente ecológica ou de estilo de vida, não se pode ignorar o fato de que o
meio ambiente requer cuidados. Faz parte da civilidade e educação.
Como designer, penso que se houver a possibilidade de substituição
de um produto em defesa do sacrifício de animais e sendo o projeto de bom
gosto, não haverá motivos para não faze-lo. Enfim, evitar quando puder, ou que
seu uso seja consciente! 
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